quinta-feira, 5 de maio de 2022

Língua portuguesa: um oceano de culturas

Hoje, dia 5 de Maio, é o Dia Mundial da Língua Portuguesa, conforme proclamação da 40ª sessão da Conferência Geral da Unesco, realizada em Paris entre os dias 12 e 27 de Novembro de 2019. 
A data já tinha sido estabelecida em 2009 para celebrar a língua portuguesa e as culturas lusófonas por decisão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), uma organização que desde 1996 agrega os países que têm a língua portuguesa como língua oficial, como língua de comunicação e como veículo de cultura.
Esta terceira edição será hoje assinalada através de 139 atividades em 52 países, com Angola e o Brasil a assumirem os principais destaques entre um conjunto de eventos espalhados por quatro continentes. A imprensa portuguesa de Macau também assinala esta celebração e o jornal ponto final destaca-a com uma fotografia de capa em que uma jovem macaense exibe Os Maias de Eça de Queiroz. Lamentavelmente, a imprensa portuguesa ignora ou não destaca este Dia Mundial da Língua Portuguesa. Que mau serviço que prestam à língua portuguesa!
A língua portuguesa é uma das mais difundidas no mundo pois estima-se que seja falada por 265 milhões de pessoas espalhadas por todos os continentes, sendo também a língua mais falada no hemisfério sul. Os diversos institutos internacionais que se dedicam ao estudo da distribuição das línguas mais faladas no mundo, colocam a língua portuguesa numa posição entre o 5º e o 9º lugar no ranking das línguas mais faladas no mundo, conforme os critérios utilizados.
Alguns cultores da língua portuguesa comentaram a sua importância: Fernando Pessoa escreveu que a “minha Pátria é a língua portuguesa” e, sobre a sua diversidade, também José Saramago escreveu que “quase me apetece dizer que não há uma língua portuguesa, há línguas em português". Outros dirão, muito a propósito, que a língua portuguesa é um oceano de culturas. 

1 comentário:

  1. Quanto à nossa língua,vale bem a pena ler o artigo de Nuno Pacheco na página 10 do Público de hoje.
    Pela minha parte direi que me dói ver a maneira como a língua portuguesa é tratada em Portugal por quem tinha (tem) obrigação de melhor a defender e zelar por ela. São estrangeirismos a torto e a direito que na maior parte das vezes eram completamente desnecessários, é a utilização até à exaustão de determinados vocábulos considerados finos ou reveladores de cultura (parola) e isto tanto na comunicação escrita como falada. Uma delas, que me irrita solenemente, é muito boa gente, ao referir-se aos órgãos de comunicação social, pronunciar mídia em vez de me(é)dia, importação brasileira , anglo-saxónica ou ignorância da etimologia da palavra?

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