Foi inaugurado na
tarde de hoje com a devida pompa, o novo Museu do Tesouro Real que está instalado
na nova ala do Palácio da Ajuda em Lisboa e que será aberto ao público a partir
de amanhã. Desta forma se concretiza uma ideia antiga que era a de expor ao público
as jóias da Casa Real portuguesa, muitas das quais nunca foram mostradas e que,
nalguns casos, estiveram guardadas em cofres durante muitas dezenas de anos. Trata-se,
portanto, de um grande acontecimento cultural que só pode orgulhar os
portugueses, que a edição do jornal Público justamente destacou.
O novo museu
representa um investimento de 31 milhões de euros, que foi financiado por uma
parceria em que participaram o Ministério da Cultura, a Câmara Municipal de
Lisboa e a Associação do Turismo de Lisboa, podendo afirmar-se que é menor do
que o investimento que fazem muitos clubes de futebol portugueses com a compra
futebolistas.
Das notícias divulgadas destacam-se as informações relativas aos
aspectos museológicos, uma vez que a exposição permanente começou a ser pensada
há seis anos por uma equipa de especialistas, mas também à segurança do conteúdo
expositivo. Este foi, porventura, o maior desafio para o projecto de
arquitectura da nova ala do Palácio da Ajuda, inacabada há 226 anos. Nele está “incrustada”
uma caixa-forte que é uma das maiores do mundo, com 40 metros de comprimento
por 10 de largura e 10 de altura. A caixa-forte dispõe de duas portas blindadas
de 5 toneladas cada uma, à entrada e à saída. Quando estas portas estão
abertas, a entrada e a saída na caixa-forte é protegida por portas com vidros à
prova de bala. Para entrar no Museu do Tesouro Real os visitantes terão de
passar por um controlo de segurança semelhante aos dos aeroportos, que é inédito
nos museus portugueses.
A caixa-forte guarda de forma permanente 736 peças, entre
as quais a Coroa Real mandada fazer por D. João VI, bem como 22 mil pedras das
quais 18 mil são diamantes, mas o conteúdo das 76 vitrinas da exposição, que também
estão protegidas por vidros à prova de bala, contém inúmeras e belas peças a a
guardar a nossa contemplação.
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