A epidemia do covid-19 afectou severamente o turismo
de Macau, mas com o fim das quarentenas e das restrições pandémicas impostas
pelas autoridades chinesas, muitos milhares de pessoas das regiões vizinhas de
Macau voltaram àquela região autónoma especial da República Popular da China.
Na sua edição de hoje, o jornal ponto final publica uma fotografia
das ruínas de São Paulo, um dos mais expressivos ex-libris da cidade e um dos
maiores testemunhos da herança cultural portuguesa, escrevendo que “turistas,
sem medo da pandemia, voltam a encher as ruas de Macau”. O jornal fez uma
pequena reportagem sobre este enorme afluxo de turistas que aproveitaram os
feriados do Ano Novo Lunar e que, mais do que o interesse pelos casinos, vieram
à procura da boa comida, da paisagem da cidade e… do ouro. O ouro é um símbolo
de sorte para os chineses, que compram ouro no primeiro dia do ano para terem
sorte no resto do ano, acontecendo que o ouro de Macau se tornou uma imagem de
marca muito apreciada, sobretudo pela falta de confiança no ouro do interior da
China.
Depois de três
anos de crise, os comerciantes da baixa de Macau estão optimistas, apesar do
volume de turistas ainda estar a cerca de 50% do que havia no período
equivalente anterior à pandemia. Refira-se que, segundo os números divulgados
pelos Serviços de Turismo, no ano de 2022 a cidade recebeu 5,7 milhões de
turistas, um número bem longe dos valores de 2019, quando Macau recebeu 40
milhões de turistas, quase sessenta vezes a população da cidade.
O turismo é
realmente muito importante para a economia macaense, como também é importante a
carga emocional de vermos as ruínas de São Paulo na capa do jornal ponto
final.
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