segunda-feira, 4 de março de 2024

Uma crónica taurina na praça de Olivença

O jornal el Periódico de Extremadura, que se publica na cidade de Cáceres, dá hoje grande destaque à Feria Taurina de Olivenza, que foi organizada pelo Ayuntamiento de Olivenza, mostrando uma fotografia a quatro colunas da principal corrida de touros realizada.
Quando da apresentação da feira e conhecendo a polémica existente em torno da tauromaquia, o alcaide de Olivença chamado Manuel González Andrade – um nome a revelar origem portuguesa, numa cidade que foi ocupada pelos espanhóis em 1801 e nunca foi devolvida como determinou o Tratado de Viena de 1815 – pediu “respeto pelo mundo del toro” e disse que “al que le guste que vaya a los toros y al que no le guste que no vaya, pero que respete la fiesta”, acrescentando que a feira taurina de Olivença constitui um cartaz de promoção da cidade, que atrai “amantes de la tauromaquia” de Sevilha, Salamanca, Lisboa e Córdoba.
A Feria Taurina de Olivenza realiza-se desde 1990 e está declarada “de interés Turístico Nacional”. Nesta sua 33ª edição, contou com duas corridas de touros e duas novilhadas com picadores que, na presente temporada, constituíram o primeiro grande evento da festa brava espanhola. Na principal corrida da festa realizada ontem com touros dos irmãos Garcia Jiménez e Olga Jiménez, actuaram o matador sevilhano Morante de la Puebla, o jovem toureiro peruano Andrés Roca Rey e Juan Ortega, um toureiro sevilhano que é engenheiro agrónomo pela Universidade de Córdoba.
Dizem as crónicas que Roca Rey e Juan Ortega “cortaram orelhas”, mas que Morante de la Puebla não teve sorte na sua lide mas que, talvez por respeito aos seus 44 anos de idade, apenas foi ovacionado, enquanto os relatos de quem esteve em Olivença dizem que, entre os cinco mil e seiscentos aficionados que assistiram à corrida de touros, havia muitos portugueses.

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