O jornal el
Periódico de Extremadura, que se publica na cidade de Cáceres, dá hoje
grande destaque à Feria Taurina de Olivenza, que foi organizada pelo
Ayuntamiento de Olivenza, mostrando uma fotografia a quatro colunas da
principal corrida de touros realizada.
Quando da
apresentação da feira e conhecendo a polémica existente em torno da
tauromaquia, o alcaide de Olivença chamado Manuel González Andrade – um nome a
revelar origem portuguesa, numa cidade que foi ocupada pelos espanhóis em 1801
e nunca foi devolvida como determinou o Tratado de Viena de 1815 – pediu “respeto
pelo mundo del toro” e disse que “al que le guste que vaya a los toros y al que
no le guste que no vaya, pero que respete la fiesta”, acrescentando que a feira
taurina de Olivença constitui um cartaz de promoção da cidade, que atrai
“amantes de la tauromaquia” de Sevilha, Salamanca, Lisboa e Córdoba.
A Feria Taurina
de Olivenza realiza-se desde 1990 e está declarada “de interés Turístico
Nacional”. Nesta sua 33ª edição, contou com duas corridas de touros e duas
novilhadas com picadores que, na presente temporada, constituíram o primeiro
grande evento da festa brava espanhola. Na principal corrida da festa realizada
ontem com touros dos irmãos Garcia Jiménez e Olga Jiménez, actuaram o matador
sevilhano Morante de la Puebla, o jovem toureiro peruano Andrés Roca Rey e Juan
Ortega, um toureiro sevilhano que é engenheiro agrónomo pela Universidade de
Córdoba.
Dizem as crónicas
que Roca Rey e Juan Ortega “cortaram orelhas”, mas que Morante de la Puebla não
teve sorte na sua lide mas que, talvez por respeito aos seus 44 anos de idade,
apenas foi ovacionado, enquanto os relatos de quem esteve em Olivença dizem que, entre
os cinco mil e seiscentos aficionados que assistiram à corrida de touros, havia
muitos portugueses.
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