A guerra na
Ucrânia iniciou-se no dia 24 de fevereiro de 2022 quando a Rússia invadiu o
território ucraniano e já dura há 934 dias. É muito tempo e o balanço do conflito é trágico, como vemos diariamente através das televisões.
Embora a questão
ucraniana seja muito antiga, a recente divisão dos ucranianos entre os
pró-russos e os pró-europeus dera origem em 2014 à revolução da Praça Maidan,
com a queda do presidente Yanukovich, os grandes combates no leste da Ucrânia envolvendo
separatistas pró-russos e forças ucranianas e a anexação da península da Crimeia
pelos russos. Os Acordos de Minsk de 2014 e 2015, destinados a acabar com os
confrontos nas auto-proclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, não foram
respeitados pelas partes. Depois, houve inúmeras tentativas diplomáticas para
evitar a guerra, mas os responsáveis políticos dos dois lados não quiseram ou
náo foram capazes de chegar a um acordo, devido às suas ambições políticas ou,
quem sabe, à necessidade de alimentar as suas indústrias militares.
Tem sido com
profunda ansiedade que, durante estes 934 dias, assistimos a discursos
belicistas de políticos e de comentadores, indiferentes ao sofrimento do povo
ucraniano e à destruição das suas cidades, como se houvesse solução militar
para aquela guerra. Agora, através do Daily Mail e de outros mass media, temos Volodymyr Zelensky impaciente
e perturbado, a insistir para que lhe sejam fornecidos mísseis de longo alcance,
havendo algumas inteligências mundiais que parecem apoiá-lo, sem ponderar no
tipo de resposta que possa vir do outro lado. Será que são necessárias mais
mortes e mais destruições? E para ir até onde?
Há alinhamentos e
opiniões para todos os gostos, mas ninguém de bom senso pode esperar que uma
parte possa derrotar a outra. Há algum diálogo entre as partes e até têm trocado
prisioneiros. Então, continuem a conversar. Entendam-se. Há que abrir o caminho à diplomacia,
negociar, conciliar os vários pontos de vista, ceder em alguns aspectos e
encontrar a paz. Fujam dos belicistas e dos vendedores de armamento…
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