Fui a Portalegre para me encontrar com alguns amigos num almoço, a reviver outros tempos e outras circunstâncias vividas nos tempos difíceis, de incerteza e de sacrifício que todos passamos na Guiné, antes de 1974.
São os bons amigos de há muitos anos, daqueles que nos fazem recuar no tempo a relembrar histórias e a recuperar memórias, no adequado ambiente proporcionado por um almoço de excelência, enriquecido com os melhores sabores da gastronomia alentejana. Estes amigos e a gastronomia alentejana, são duas experiências fantásticas.
Mas, para além do encontro com os amigos e do almoço, também havia o encanto da cidade, com um panorama atraente. É que eu gosto da orografia e do traçado urbano de Portalegre, serpenteando pela orla da serra de São Mamede, com vista para as encostas de sobreiros e oliveiras e, sempre, a evocar-nos a “Toada de Portalegre”, que José Régio criou.
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros,
Morei numa casa velha,
Velha, grande, tosca e bela,
À qual quis como se fora
Feita para eu morar nela…
Foi um verdadeiro dia D, não tanto por qualquer desembarque na Normandia, mas pelas muitas emoções que a todos proporcionou. Obrigado à M. e ao C. por esta oportunidade!
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