O BPN foi nacionalizado em Novembro de 2008 devido à situação “excepcional”, “delicada” e “anómala” que vivia, com perdas acumuladas que rondavam os 700 milhões de euros e numa situação muito perto da iminente ruptura de pagamentos.
A situação foi-se clarificando com o tempo e, embora sejam apontados diferentes números para quantificar o fraudulento buraco que foi criado pelos desvarios de Oliveira e Costa & Dias Loureiro, essa nacionalização parece ir custar aos portugueses cerca de 4 mil milhões de euros, isto é, mais de 2% do PIB.
Ainda ninguém foi responsabilizado com uma exemplar punição por essa situação, mas os principais autores dessa fraude enriqueceram, andam por aí e os seus patrimónios continuam sem ser beliscados.
Passados mais de dois anos, veio a actual administração do BPN emitir uma sensata ordem de serviço para a recolha de 300 automóveis que estavam atribuídos a chefes de delegação, gerentes, alguns directores e ex-administradores. Porquê só agora?
Alguns destes beneficiários estavam sem funções atribuídas e, nas desgraçadas circunstâncias actuais do banco, ainda são os sindicatos dos bancários que reagem e defendem esses 300 indivíduos contra os interesses de quase 10 milhões.
Chamam a isto sindicalismo?
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