A edição de hoje do Correio da Manhã chama a atenção para as ajudas de milhões que o Estado desperdiça. Trata-se de uma notícia cuja fonte é a website da Inspecção-Geral de Finanças, que divulga os nomes e os montantes das subvenções atribuídas pelo Estado em 2010.
Essas subvenções resultam da incumbência constitucional do Estado em promover o bem-estar social e económico das populações, em especial dos mais desfavorecidos, de forma a assegurar a coesão regional, económica e social.
A lista das entidades subvencionadas estende-se por 142 páginas!!!!
É um rol impressionante de entidades e pessoas, ficando-se com a ideia que, com os nossos impostos, o Estado “dá tudo a todos” ou que, como caricaturou Raphael Bordallo Pinheiro, o Estado é cada vez mais a porca em que todos procuram mamar.
Não é fácil ajuizar da justificação destes milhares de subvenções que, aparentemente, beneficiam tudo e todos, mesmo alguns que não se esperaria e que nem delas necessitariam – Fundação Calouste Gulbenkian, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Sindicatos dos Bancários, CTT, Diário de Notícias, Automóvel Clube de Portugal, Associação Portuguesa de Bancos, Colecção Berardo, João Lagos Sport, Inatel, Parque Expo, Refer, Toyota, Easy Jet e muitas empresas, universidades, fundações, bombeiros, associações de todo o tipo, bolseiros, etc, etc.
Vale a pena fazer uma leitura das referidas 142 páginas, que ora nos chocam, ora nos fazer sorrir à gargalhada. De facto, mais do que a suposta defesa da coesão social, qoe seria altamente louvável, aquele rol mostra a dimensão do esbanjamento sem regra a que temos sido conduzidos.
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