Desde 11 de Setembro de 2001, quando as torres gémeas do World Trade Center de Nova York foram destruidas, que os Estados Unidos não passavam por uma tão grande perturbação emocional.
Quase simultaneamente, por iniciativa da agência Standard & Poor’s a economia americana deixou, pela primeira vez, de ter a sua dívida classificada com notação máxima, enquanto no Afeganistão pereceram 31 dos seus famosos SEALs, num trágico acidente de um helicóptero Chinook abatido pelos Taliban.
O poder económico e o poder militar americanos tremeram e, como a capa da revista TIME sugere, até George Washington parece ter levado um valente soco, mais violento do que o murro no estômago que o nosso Primeiro aqui levou.
Na perspectiva económica, o regresso da recessão aos Estados Unidos é cada vez mais uma ameaça, sobretudo depois da crise do tecto do endividamento ter mostrado que os problemas financeiros alastraram da Europa para os Estados Unidos e do pânico ter chegado ao outro lado do Atlântico.
O economista Paul Krugman tem afirmado que a economia norte-americana está em crise e que não está a crescer, acusando as autoridades de atribuirem as culpas pelos problemas do país, ora aos gregos ora ao maremoto do Japão, quando os problemas americanos são endógenos. Tudo muito semelhante ao que se passa por cá!
Quando há umas semanas atrás, o Presidente Obama disse que os Estados Unidos não eram Portugal enganou-se, pois os indicadores económicos relevantes – dívida pública, défice público e desemprego – são quase coincidentes em ambos os países.
Antes das nossas eleições de Junho, havia por cá muita gente que nem falava da crise internacional, que arranjou um culpado por tudo e tinha soluções para todos os nossos problemas económicos. Pode ser que a Aministração Obama esteja interessada em levar alguns desses génios para lá para os ajudar a resolver os seus problemas económicos.
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