A FIFA realizou ontem em Zurich a noite de gala do futebol europeu, escolhendo os melhores e Leonel Messi foi eleito, pela quarta vez consecutiva, o melhor futebolista do mundo. Eu não votei mas certamente também votaria nele, embora em Portugal houvesse algumas espectativas quanto à possibilidade de que o eleito tivesse sido Ronaldo, porque também é um grande futebolista e, em 2012, terá tido mais êxitos desportivos do que o seu rival argentino. Há quem diga que Ronaldo é o “melhor do mundo”, mas essas mesmas pessoas também dizem que Messi é o melhor “do outro mundo”.
Em todo o planeta não existe nenhum outro cidadão português tão conhecido como Ronaldo e, o facto de ser o segundo melhor futebolista do mundo, é motivo suficiente de contentamento para os portugueses e de incentivo para o próprio jogador, até porque a escolha é um processo muito subjectivo que não é isento de influências externas. Messi beneficiou de uma intensa campanha de promoção, construída a partir da imprensa de Barcelona que, quase diariamente, publicava o seu elogio e a sua fotografia, havendo quem opine que essa promoção está associada às reivindicações independentistas catalãs.
Desta vez também foi escolhida a “equipa do ano”. São 11 futebolistas que jogam em Espanha. Foi a apoteose da Liga Espanhola, como titula a Marca. São 6 espanhóis, dois brasileiros, um argentino, um colombiano e um português. Cinco deles jogam no Barcelona e cinco no Real Madrid. Nenhum joga na Inglaterra, na Alemanha ou na Itália, o que é muito estranho e parece mostrar como a FIFA está “colonizada” pelos interesses futebolísticos espanhóis. A FIFA e os seus critérios parece terem cedido à espanholização.
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