O mau tempo
continua a assolar a costa ocidental da Europa e a afectar a vida das pessoas e
das suas actividades. Num tempo em que cada vez mais se fala das alterações climáticas
como a maior ameaça ambiental da actualidade, as televisões e os jornais têm
dado o devido relevo a este fenómeno e mostram as imagens de nevões, inundações,
quedas de árvores, desabamentos de terras e destruição de infraestruturas, mas também de muitos dramas humanos que lhes estão associados.
Porém, nos países situados na orla marítima atlântica, nos últimos dias tem sido retratada a violência da agitação marítima, com ondas superiores a 10 metros e com
ventos a atingirem velocidades superiores a 130 km por hora, sobretudo nas
costas atlânticas francesa e espanhola. Muitas barras têm sido encerradas e a
actividade da pesca paralizou. Há destruição um pouco por toda a parte, desde o sudoeste da Inglaterra até à Costa da Caparica. Nesse contexto meteorológico, quando ontem entrava
a barra do porto francês de Bayonne, o cargueiro espanhol Ludo não resistiu ao temporal e naufragou, obrigando ao resgate dos
seus 12 tripulantes por helicóptero. Vários jornais franceses, como o Aujourd’hui
en France, mas também diversos jornais espanhóis, ilustraram as suas
edições com fotografias do naufrágio do Ludo,
mas também salientaram a persistência dos temporais que não nos dão tréguas como
possível consequência das alterações climáticas e como uma ameaça ambiental
muito séria. A juntar ao que já se passou, a previsão meteorológica indica algum agravamento para os próximos dias.
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