Estava anunciado
desde há alguns meses que o português Carlos Tavares, o ex-número dois da
Renault, iria assumir a presidência executiva da PSA Peugeot Citroën, o maior construtor francês de automóveis e
o oitavo a nível mundial e, conforme revela a
edição do diário económico francês La Tribune, foi hoje que iniciou essas
funções ou, como titula o jornal “se instalou ao volante da PSA”.
Carlos Tavares
nasceu em Lisboa e tem 55 anos de idade, tendo feito os seus estudos superiores
em França. Em 1981 entrou na Renault como engenheiro de ensaios e teve uma
carreira diversificada e bem sucedida, mas em 2013 decidiu deixar o grupo
Renault, vindo a ser convidado para exercer o comando operacional do grupo PSA Peugeot Citroën, que tem 15 fábricas em diversos países
do mundo, incluindo a fábrica de Mangualde que foi inaugurada em 1964, além de dar
trabalho a mais de 200 mil trabalhadores. O
grupo está presente em 160 países e em 2013 vendeu 2.819.000 veículos e
facturou 55,4 mil milhões de euros.
A responsabilidade agora assumida pelo gestor português acontece num
momento histórico para a vida do grupo, atingido há dois anos por uma profunda crise devido à sua forte
dependência do mercado europeu, de que resultaram prejuízos líquidos de 5 mil e 2,3 mil
milhões de euros, respectivamente em 2012 e 2013, o que levou a que a estrutura
familiar do grupo que era dominada pela família Peugeot se tivesse alterado com
a entrada de dois novos accionistas, casos do Estado francês e do grupo
Dongfeng, o segundo maior fabricante de automóveis chinês.
O desafio assumido
por Carlos Tavares é de enorme responsabilidade e mostra a confiança que nele
foi depositada, além de ser um motivo de orgulho para os milhares de
portugueses que trabalham para o grupo PSA Peugeot
Citroën, não só em Mangualde, como também nas cinco fábricas francesas do
grupo.
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