A apresentação em
Lisboa da Ode Marítima de Álvaro de Campos
- um dos heterónimos de Fernando Pessoa - que está em cena desde o dia 6 até ao dia
16 de Março no Teatro Municipal de São Luiz, é um acontecimento cultural
relevante que assinala o centenário da criação desta obra.
Frequentemente
considerada como uma das maiores obras poéticas da literatura portuguesa, a Ode Marítima tem uma excelente interpretação de Diogo
Infante, música original de João Gil e direcção cénica de Natália Luiza, estando
a despertar o interesse do público, atraído pela oportunidade de “conhecer ao
vivo” uma das mais belas obras literárias de Fernando Pessoa. É um poema futurista, mas é sobretudo uma história que entusiasma pelo seu ritmo e diversidade, que trata de
marinheiros e de navios, de viagens e de faróis, de portos e de cais...
Relembrando:
Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão,
Olho prò lado da barra, olho prò Indefinido,
Olho e contenta-me ver,
Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.
...
Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
E quando o navio larga do cais
E se repara de repente que se abriu um espaço
Entre o cais e o navio,
...
As viagens agora são tão belas como eram dantes
E um navio será sempre belo, só porque é um navio.
...
O olhar humanitário dos faróis na distância da noite...
Numa época em que o teatro tem vindo a perder público relativamente a outras artes do palco, é encorajador verificar como Fernando Pessoa e um dos textos mais clássicos da literatura portuguesa sobem ao palco e atraem o interesse do público jovem e menos jovem.
Relembrando:
Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão,
Olho prò lado da barra, olho prò Indefinido,
Olho e contenta-me ver,
Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.
...
Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
E quando o navio larga do cais
E se repara de repente que se abriu um espaço
Entre o cais e o navio,
...
As viagens agora são tão belas como eram dantes
E um navio será sempre belo, só porque é um navio.
...
O olhar humanitário dos faróis na distância da noite...
Numa época em que o teatro tem vindo a perder público relativamente a outras artes do palco, é encorajador verificar como Fernando Pessoa e um dos textos mais clássicos da literatura portuguesa sobem ao palco e atraem o interesse do público jovem e menos jovem.
Sem comentários:
Enviar um comentário