No mundo do futebol fechou ontem o
chamado mercado das transferências, isto é, terminou o período em que as
equipas de futebol podem comprar ou vender jogadores, facto que confirma estar
em curso a transformação das equipas de futebol em empresas comerciais, em que
cada vez faz menos sentido falar do “amor à camisola” dos jogadores ou da “clubite” dos
adeptos. No ranking dos chamados
investimentos em futebolistas, os mais gastadores nesta estação foram o
Manchester United (193 milhões de euros), o Barcelona (157), o Liverpool (151),
o Real Madrid (122) e o Atletico de Madrid (111). Hoje os grandes jornais
desportivos tratam este assunto com grande destaque e as primeiras páginas dos
jornais ingleses foram ocupadas com a transferência do colombiano Radamel
Falcao para o Manchester United, onde vai ganhar 350 mil libras por semana! Sobre
o mesmo assunto, na escala mais modesta do futebol português, o destaque não
foi para a compra de jogadores mas, sobretudo, para a não venda de alguns daqueles
que mais cobiçados eram por clubes estrangeiros.
Porém, os dois
principais jornais desportivos espanhóis escapam a esta regra e não destacam as
aquisições dos seus três principais clubes, nem os êxitos espanhóis no Mundial
de basquetebol que se está a realizar em Sevilha, nem os seus triunfos mundiais
no triatlo ou no badminton. Eles destacam... Ronaldo e o que ele disse numa
entrevista, ilustrando as suas primeiras páginas com a fotografia do
futebolista português.
No caso do diário
Marca
cuja versão electrónica é lida por mais de 5 milhões e meio de leitores, o
jornal até dá mais importância à palavra do que aos golos de Cristiano Ronaldo.
Isto é que é prestígio!
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