A economia
rege-se por muitas leis naturais e desenvolve-se em ciclos económicos. Um
período expansionista ou boom económico
não se prolonga indefinidamente e segue-se-lhe sempre um período de recessão mais ou menos longo, que
pode chegar à depressão, só depois surgindo a recuperação ou a retoma. Quando
chegam os primeiros sinais da recessão, os governos adoptam políticas de austeridade para
corrigir as flutuações e os excessos da actividade económica, que são dirigidas
frequentemente para os sectores sociais, como a Saúde e a Educação. É assim em
todo o lado, embora no caso português se esteja a ir longe de mais,
esquecendo-se que “há mais vida para além do défice”.
Ontem o Correio
Brasiliense apareceu nas bancas com o título “Triste Pátria que
despreza a Educação”, relatando que manifestantes pediram a demissão do
director da Escola de Música de Brasília que tem 2400 alunos porque, segundo
eles, não representa os interesses de alunos e professores. Também em São Paulo
e, sobretudo em Curitiba, houve manifestações contra a degradação da actividade
educativa consequente das políticas de austeridade, com mais de duas centenas
de feridos devido à acção da polícia.
A Educação é a
base do desenvolvimento e do futuro e tem que ser incentivada, com professores
que gostem de ensinar e estudantes que gostem de aprender. A Educação
transforma a vida das pessoas e da sociedade, proporciona pensamento e análise
da realidade, gera inovação e estimula a mudança. A Educação é o factor que
contribui para fechar o ciclo do sub-desenvolvimento e da pobreza e para
libertar os povos. No Brasil. Em Portugal. Em todo o lado.
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