Um comité de
selecção das Nações Unidas decidiu atribuir ao antigo Presidente Jorge Sampaio e
à médica namibiana Helena Ndume o The
2015 United Nations Nelson Rolihlahla
Mandela Prize, um prémio atribuído pela Assembleia Geral da ONU apenas de
cinco em cinco anos para distinguir duas personalidades, uma masculina e outra
feminina de diferentes continentes, que "dedicaram as suas vidas ao
serviço da Humanidade, promovendo as finalidades e os princípios das Nações
Unidas". O prémio foi estabelecido em 2014 e foi atribuído este ano pela
primeira vez.
A vida política
de Jorge Sampaio é exemplar, desde os seus tempos de dirigente estudantil em que
lutou contra a ditadura do Estado Novo, até aos seus tempos pós-presidenciais
em que foi designado como o Alto Representante da ONU
para a Aliança entre Civilizações, por nomeação directa do Secretário-geral da
ONU. Entre essas duas balizas da sua vida política, Jorge Sampaio foi
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Presidente da República, tendo
apoiado muitas causas de grande relevância internacional como a independência de Timor-Leste
e, mais recentemente, a chamada Plataforma Global de Assistência Académica de
Emergência a Estudantes Sírios.
É, naturalmente,
uma distinção de grande prestígio para Jorge Sampaio e para o nosso país que
muito nos devia orgulhar, mas os nossos jornais e as nossas televisões quase
não falaram neste assunto. A notícia não mereceu uma primeira página de jornal,
nem tão pouco uma abertura de telejornal. Uma tristeza! Um exemplo da mediocridade e do sectarismo que tomou conta da comunicação social portuguesa.
Homens como este são raros e deviam ser mostrados à sociedade como um exemplo, num tempo em que faltam referenciais de altruísmo, de generosidade e de ética no serviço público. E fico-me por aqui...
Homens como este são raros e deviam ser mostrados à sociedade como um exemplo, num tempo em que faltam referenciais de altruísmo, de generosidade e de ética no serviço público. E fico-me por aqui...
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