Vários jornais generalistas
espanhóis, sobretudo de Aragão e da Andaluzia, destacam hoje a gravíssima
colhida ontem sofrida por Paquirri na praça de touros de Huesca, durante as
Fiestas de San Lorenzo. Os títulos dos jornais são coincidentes: muy grave.
Apesar da chamada festa brava
despertar enorme entusiasmo e grandes paixões na Espanha, uma ocorrência deste
tipo não costuma ser destacada nas primeiras páginas de tantos jornais, até
porque há outras notícias de grande relevância na economia, na sociedade e no
desporto espanhóis.
No entanto, a colhida de Paquirri parece ter sido mais
mediatizada do que os incêndios, as
eleições catalãs ou a disputa da supertaça europeia entre o Barcelona e o
Sevilha. Esse destaque jornalístico resulta, sobretudo, da notoriedade de
Francisco Rivera Ordóñez, conhecido no meio tauromáquico por Fran Rivera ou
Paquirri, cujo nome está associado a duas das maiores lendas do
toureio espanhol: António Ordóñez, seu avô materno, e Francisco Rivera Pérez, “Paquirri”,
seu pai, mortalmente colhido em Córdoba em Setembro de 1984.
A colhida de Francisco
Rivera Ordóñez emocionou os espanhóis e fez lembrar a morte de seu pai Francisco
Rivera Pérez, mas as notícias de última
hora informam que após uma intervenção cirúrgica realizada na própria praça de
touros de Huesca, que durou duas horas e meia, o diestro estará livre de
perigo. Só não sabemos por quanto mais tempo e em nome da sua identidade cultural, os espanhóis resistirão a este tipo de massacres como aconteceu ontem em Huesca, na Comunidade Autónoma de Aragão.
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