O Verão ibérico é um tempo de muito calor e de muitos incêndios em ambos os lados da fronteira. É o que está a acontecer na serra de Gata, situada na Extremadura e nas proximidades da fronteira
portuguesa e da serra da Malcata. Devido à conjugação das altas temperaturas e de níveis de humidade relativa muito baixos, a serra está a arder há alguns dias, tendo sido
anunciado que o incêndio já devastou cerca de 6,5 mil hectares de floresta e
levou à evacuação de 2500 pessoas das localidades de Hoyos, Acebo e Perales del
Puerto.
O diário Hoy que se publica em Badajoz diz que “el fuego no da tregua en la Sierra de
Gata”. Trata-se de um incêndio florestal de grandes dimensões de consequências
catastróficas, em actividade desde há cinco dias e cujo fumo atinge localidades
a muitas dezenas de quilómetros de distância. Segundo é referido em alguns
relatos, o acidentado do terreno e a direcção desencontrada e a força do vento
têm dificultado o combate. Perante esta complexa situação, as autoridades
espanholas emitiram um pedido de ajuda internacional e na linha dos acordos
bilaterais existentes entre Portugal e Espanha, uma força especial conjunta
composta por 32 viaturas e 104 elementos saíu ontem de Castelo Branco para a
zona de intervenção, numa demonstração de prontidão e solidariedade que merece
ser registada. Para além dos reforços portugueses,
também há bombeiros da Andaluzia e de Castela e Leão a actuar no terreno. Aqui está um bom exemplo do que deveria ser a solidariedade europeia que, como se viu recentemente no caso da Grécia, não funciona quando há abutres financeiros e dirigentes medíocres envolvidos nos problemas.
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