A edição
dominical do diário escocês Herald escolheu a sua edição de hoje
– o Sunday
Herald – para divulgar uma
reportagem sobre o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair e sobre a sua
decisão de apoiar e participar na invasão do Iraque.
Nessa reportagem
destacam-se as declarações de Alex Salmond, o antigo primeiro-ministro do
governo autónomo da Escócia que foi o principal patrocinador do referendo sobre
a independència da Escócia, que se realizou em Setembro de 2014. Salmond afirma
ter um plano para levar Tony Blair a julgamento no Tribunal Penal Internacional
na Haia, o tribunal permanente criado em 2002 pelas Nações Unidas para julgar
os mais graves crimes de guerra ou crimes contra a Humanidade cometidos por
indivíduos.
Alex Salmond
mostra ter boa memória e promete não esquecer, nem deixar esquecer, o gravíssimo erro cometido por George W. Bush e pelos seus aliados Blair, Aznar e
Barroso que, obcecados pelas “armas de destruição maciça iraquianas” que afinal
não existiam, decidiram invadir o Iraque e perseguir Saddam Hussein até à morte. A intervenção no Iraque não teve o apoio
da França, nem da Alemanha, nem da Rússia, porque todos sabiam que a mentira
tomara conta da situação. George W. Bush e Tony Blair também sabiam que era uma
mentira e a cimeira das Lajes de 16 de Março de 2003 não passou de uma encenação a que o primeiro-ministro
português José Barroso se sujeitou, ficando colado a essa mentira e às suas
graves consequências para o mundo. Por tudo isto, será muito positivo que Alex
Salmond leve a água ao seu moinho... e que Barroso, ao menos se cale.
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