Os principais
jornais ingleses exibem hoje na primeira página das suas edições uma fotografia
de uma cidadã portuguesa especializada em medicina desportiva que chefiou a
equipa médica do Chelsea FC desde 2009 a 2015. Chama-se Eva Carneiro, nasceu em Gibraltar,
estudou na Universidade de Nottingham e tem 42 anos de idade.
Em Junho de 2013,
quando o treinador José Mourinho deixou o Real Madrid e regressou ao Chelsea FC,
encontrou Eva Carneiro. Tudo parecia correr com normalidade profissional entre
ambos mas, em Agosto de 2015, quando a médica entrou em campo para assistir um
jogador nos últimos minutos do jogo com
o Swansea City, o treinador repreendeu-a publicamente e mostrou-se muito irritado, até porque o Chelsea empatou
esse jogo. A cena não passou despercebida a ninguém e a situação degradou-se
depois, pelo que o clube despediu a médica que, naturalmente, recorreu aos
tribunais com uma dupla acção, contra o clube que a despediu e contra o
treinador que a insultou com "linguagem
discriminatória". Para ultrapassar a situação, o clube e o treinador propuseram
à médica um acordo extra-judicial que envolve uma indemnização de 1,2
milhões de libras (1,5 milhões de euros), masa médica recusou ontem essa
proposta e insiste em que a acção prossiga contra o clube e o seu antigo
treinador. Não tenho informação sobre o
caso nem sou juiz, mas o que é relevante é que em vésperas do Brexit ou não
Brexit, a imprensa inglesa dê tanta importância a um caso destes, bem típico
das guerras do futebol.
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