Ontem foi um dia
de grande festa para os portugueses espalhados pelo mundo ao verem a sua
selecção nacional de futebol atingir a final do Euro 2016, com uma exibição de
talento e qualidade. Tinha-se iniciado a segunda parte do jogo das meias-finais
com a selecção do País de Gales e pouco passava das 21 horas, quando Cristiano
Ronaldo se elevou a 2,88 metros de altura e marcou de cabeça o primeiro golo da
partida. Esse momento de grande alegria, mas também de grande capacidade
atlética e poder futebolístico do nosso mais famoso jogador, está retratado na
capa do diário espanhol Marca, mas também em jornais de
muitos outros países. As televisões mostraram repetidamente esse gesto de
Cristiano Ronaldo que vai ficar a marcar a presença portuguesa no Euro 2016.
A vitória
portuguesa foi reconhecidamente justa e gerou uma onda de euforia não só em
Portugal, mas também na generalidade dos países onde vivem portugueses. Através
da televisão todos pudemos ver inúmeras cenas de emocionante entusiasmo e de
orgulho nacional, ocorridas em cidades tão diferentes como a vizinha Paris ou a distante Dili, onde se cantou A Portuguesa e se agitaram bandeiras verde-rubras.
Esse é, porventura, um dos mais importantes resultados da epopeia futebolística
que está a decorrer em França. E sendo o futebol um dos palcos onde
modernamente se confrontam o poder das nações e as suas rivalidades, o nosso
sucesso não só é uma festa para os portugueses, mas é também um soco no estômago
daqueles que alguma vez humilharam os portugueses e, em especial, aqueles que a
vida obrigou a emigrar. O jogo de ontem não foi apenas uma vitória por 2-0
sobre o País de Gales, nem o acesso à final do Euro 2016, porque também foi um enorme passo a ressuscitar o orgulho nacional de um povo e de uma cultura que a Europa tanto tem marginalizado e, por vezes, humilhado.
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