A
política prosseguida por Donald Trump contra os imigrantes e os refugiados e,
em especial, contra os seus vizinhos mexicanos de os muçulmanos, está a alarmar o mundo.
Desde
há muito que o Donald tinha anunciado medidas para impedir a entrada nos
Estados Unidos dos “terroristas radicais islâmicos”, talvez disfarçados de
refugiados. Por isso, não perdeu tempo a combater essa ameaça e as medidas anunciadas
começaram a ser postas em prática nos aeroportos americanos, embora as instâncias
judiciais já tenham tomado posição contra esta decisão presidencial.
No que
respeita aos imigrantes, a hostilidade teve a sua maior expressão na decisão de
construir o muro na fronteira com o México, que é um acto de humilhação para
com os seus vizinhos e parceiros de muitas actividades.
A
arrogância do Donald não lhe tem permitido actuar com ponderação e, quem sabe,
se este e outros tiros, não acabarão por lhe sair pela culatra. Os seus
conselheiros também não parecem capazes de travar os seus ímpetos primários e
desbocados.
Numa
referência crítica à decisão do Donald, o jornal colombiano El
Tiempo publicou na sua edição de ontem uma ilustração que representa os
dois países separados por uma “alarmante fractura”. De facto, o que o Donald
está a fazer é a provocar uma fractura, por agora de natureza geográfica e
económica, mas que se pode transformar rapidamente numa fractura social no
interior do país, onde cerca de metade da população é de origem sul-americana e
o espanhol é a língua dominante. Se eu fosse amigo do Donald tratava de o
aconselhar a não semear ventos, pois pode colher tempestades.
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