Donald Trump deu
a necessária autorização e, ontem, a bomba GBU-43
(Massive Ordnance Air Blast ou MOAB, uma sigla que também corresponde à
expressão Mother of All Bombs, foi lançada sobre
um santuário do Daesh na província de Nangarhar, perto da fronteira afegã com o
Paquistão, a escassos duzentos quilómetros de Cabul. Trata-se da maior bomba
não nuclear alguma vez utilizada no nosso planeta, pois tem 9,2 metros de
comprimento e 9,5 toneladas de peso, do qual 8,4 toneladas são explosivos de
alta potência. O seu poder destruidor é enorme e manifesta-se num raio de 1500 metros . Como
resultado da acção americana as autoridades afegãs anunciaram que a bomba
causou a destruição de esconderijos estratégicos e a morte de pelo menos 36 dos
seus combatentes, mas o Daesh garantiu não ter sofrido quaisquer baixas. Nesta altura, Donald
Trump já deve estar a fazer análises custo-benefício para saber do proveito dos 15 milhões
de euros dispendidos, que é o preço da GBU-43.
A imprensa internacional
deu um grande destaque a este acontecimento e tratou de o associar à ofensiva
comunicacional e militar de Donald Trump que, depois de lançar 59 Tomahawks sobre a Síria, lançou agora a GBU-43 sobre o Afeganistão. Segundo os
comentadores, esta acção de Donald Trump destina-se a travar a intenção da
Coreia do Norte de proceder a novos ensaios nucleares que, segundo Trump “é um
problema” e que, enquanto tal, “tem que ser tratado”. Por seu lado, a Coreia do Norte já prometeu uma "resposta sem
piedade" a qualquer provocação dos Estados Unidos. Desta forma, temos os
Estados Unidos a retomar as suas antigas aspirações para tomar conta do mundo, com
um discurso muito duro e muito ameaçador, mas tanto a Rússia como a China já
pediram contenção ao Donald e aos seus falcões.
Hoje o USA Today explica tudo sobre a bomba e diz que ela não foi mais
do que uma mensagem. Para quem?
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