A Marinha
espanhola celebrou ontem o 300º aniversário da criação da Real Companhia de
Guardas-Marinhas com diversas cerimónias, entre as quais um desfile naval
realizado nas águas da ria de Pontevedra, a que presidiu o Rei Filipe VI e a
que esteve presente o Rei emérito João Carlos I. Na sua primeira página o
jornal La Voz de Galicia classifica o desfile como colossal e no desenvolvimento da notícia
nas páginas interiores diz que foi espectacular,
isto é, a imprensa galega apreciou o acontecimento e deu-lhe a cobertura que
merecia, até porque os reis estavam presentes.
Foram sete navios
de guerra da Marinha espanhola a desfilar em coluna, com o porta-aeronaves Juan Carlos I a abrir, seguido pelo
navio de aprovisionamento logístico Patiño,
por cinco fragatas e pelo submarino Tramontana,
os quais saudaram os reis embarcados no navio-patrulha Tornado. Não é comum haver tantos navios de guerra na ria de
Pontevedra e, por isso, nas suas margens aglomerou-se muito público para ver e
para fotografar.
Realizaram-se depois
alguns exercícios demonstrativos da preparação operacional da Marinha espanhola
e, de seguida, o cerimonial comemorativo passou para terra. Nas instalações da
Escola Naval em Marin, a poucos quilómetros da cidade de Pontevedra, o Rei Filipe
VI prestou homenagem aos marinheiros caídos pela Espanha e, porque se cumpria o
terceiro ano desde que Juan Carlos I renunciara à Coroa, prestou pública
homenagem a seu pai ali presente, terminando com a frase “Gracias majestad!”.
Em Portugal
também tivemos recentemente o Dia da Marinha com as principais cerimónias a
serem realizadas em Vila do Conde mas, ao contrário do que aconteceu em Espanha
onde muitos jornais trouxeram o tema para as suas primeiras páginas, o acontecimento
não mereceu qualquer destaque da imprensa portuguesa. Certamente não é porque
sejamos uma República, mas apenas porque muitos jornais ainda não sabem cumprir
a sua função social de informar.
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