Aproxima-se o dia 21 de Dezembro, o dia em que os
catalães vão a votos para escolher um novo quadro político que possa contribuir
para a resolução do conflito nascido nos últimos meses e que se agravou nas
últimas semanas, quando o parlamento catalão proclamou a independência
unilateral da Catalunha. Como resposta, o governo de Mariano Rajoy accionou o
artigo 155 da Constituição, suspendeu a autonomia catalã, demitiu o governo de
Carles Puigdemont e marcou novas eleições autonómicas para o dia 21 de
Dezembro. Entretanto, os principais dirigentes soberanistas foram presos, ou estão
em liberdade condicional depois de terem pago cauções, ou ainda, estão exilados
em Bruxelas.
Ao fim da primeira semana de campanha eleitoral, começam
a ser divulgadas algumas sondagens e as projecções apontam para um empate
técnico entre soberanistas e unionistas. No campo independentista as
sondagens apontam para 66 ou 67 dos 135 deputados (31 ou 32 da ERC, 30 da Coligação
Junts pel Si e 5 da CUP), enquanto nas
forças unionistas apontam para 68 ou 69 deputados (30 ou 31 dos Cyudadanos, 22 do PSC, 8 do PP e 8 do Podemos).
Para além da incerteza quanto ao bloco que vai obter a
maioria parlamentar, também há uma grande incerteza quanto ao partido que vai
ser mais votado, isto é, a ERC, o JxCat ou o Cys, pelo que, neste quadro de
incerteza, o diário catalão elPeriódico alerta para uma possível
Catalunha ingovernável.
Associadas às sondagens foram colocadas questões aos
eleitores catalães e verificou-se que 70% admite que a economia catalã se
ressentiu da Declaração Unilateral de Independência, que 57% confia em que se abra
uma negociação com Madrid e que 46% acredita que o processo independentista
continuará depois de 21 de Dezembro. Portanto, parece que depois de 21 de
Dezembro, continuaremos com a Catalunha nas primeiras áginas dos jornais e como
notícia de abertura dos telejornais das boas televisões se as houver.
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