Na Catalunha
ficou tudo na mesma e, quando assim é, o tempo torna tudo mais difícil ou mesmo
muito sombrio para os catalães. Não houve grande surpresa porque as sondagens já apontavam para um resultado deste tipo.
As eleições
ontem realizadas deram 70 deputados aos independentistas e 65 deputados aos constitucionalistas,
mas enquanto os primeiros obtiveram 2.062.760 votos, os segundos conseguiram
2.211.655 votos, aqui surgindo um primeiro problema em relação à lei eleitoral
que dá mais deputados a quem tem menos votos.
O Cyudadanos
tornou-se a força mais votada na Catalunha, sendo a primeira vez que uma força
constitucionalista ganha as eleições autonómicas. Essa é a única novidade. O partido
de Inês Arrimadas venceu em três das quatro grandes cidades catalãs, isto é,
Barcelona, Tarragona e Lleida, só não ganhando em Girona. Porém, os seus 37
deputados e os seus possíveis aliados são insuficientes para formar governo,
porque o bloco independentista assegurou a maioria absoluta no Parlamento.
Em segundo lugar ficou o exilado Carles Puigdemont que conseguiu 34 deputados e que, com os seus aliados, poderá vir a formar governo. Porém, nesse caso voltaria tudo à situação de grande conflitualidade que se verificou e que levou à aplicação do artigo 155 da Constituição e, certamente, lá teriam que ser marcadas novas eleições.
Em segundo lugar ficou o exilado Carles Puigdemont que conseguiu 34 deputados e que, com os seus aliados, poderá vir a formar governo. Porém, nesse caso voltaria tudo à situação de grande conflitualidade que se verificou e que levou à aplicação do artigo 155 da Constituição e, certamente, lá teriam que ser marcadas novas eleições.
A imprensa
espanhola traça os mais diferentes e improváveis cenários para ultrapassar esta
delicada situação, mas há um ponto em que todos estão de acordo: a estratégia
de Mariano Rajoy não resultou e foi um desastre. Assim, agora tudo parece passar pela
retirada de Rajoy deste processo e a sua substituição por alguém que possa
reconciliar e abrir o diálogo na Catalunha, com uma revisão constitucional e uma nova lei eleitoral.
Significa, portanto, que Rajoy se tornou o elo mais fraco desta situação e que o problema da Catalunha passou definitivamente a ser também, mais do antes, um problema da Espanha. Vêm aí tempos muito difíceis para os catalães, para os espanhóis e até para os europeus.
Significa, portanto, que Rajoy se tornou o elo mais fraco desta situação e que o problema da Catalunha passou definitivamente a ser também, mais do antes, um problema da Espanha. Vêm aí tempos muito difíceis para os catalães, para os espanhóis e até para os europeus.
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