quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Donald e o discurso do Estado da União

Donald Trump fez ontem em Washington o discurso sobre o Estado da União. Trata-se de um discurso que é feito todos os anos no Capitólio, no qual o Presidente dos Estados Unidos se dirige ao Congresso e faz o seu relato sobre o estado do país e em que apresenta as suas orientações estratégicas para o ano que se inicia. Esta mensagem anual é muito antiga mas só a partir de 1934 passou a ser designada por “discurso sobre o Estado da União” por iniciativa do Presidente Franklin D. Roosevelt. Porém, os americanos só passaram a dar importância a este discurso quando em 1947 passou a ser transmitido em directo pela televisão e em 1997 pela internet.
No seu primeiro discurso sobre o Estado da União o Presidente Donald Trump gastou 80 minutos para impressionar a opinião pública americana e reverter os escassos 38% de popularidade de que goza, salientando a recuperação económica e a criação de 2,4 milhões de novos empregos e afirmando a necessidade de serem aumentados os investimentos nas áreas militares para “reconstruir o nosso arsenal nuclear” e assegurar o prestígio americano no mundo.
"Este é o nosso novo momento americano. Nunca houve um momento melhor para começar a viver o sonho americano”, foram frases que muitos jornais destacaram, como acontece hoje com o nova-iorquino Newsday.
Trump salientou que “juntos, estamos a construir uma América segura, forte e orgulhosa”, convidando os republicanos e os democratas a cooperar. Em termos de política externa Trump foi igual a si próprio e não poupou a Coreia do Norte, nem Cuba, nem a Venezuela, criticou os países que condenaram a sua decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e não deixou de se referir aos seus “rivais como a China e a Rússia que desafiam os nossos interesses, a nossa economia e os nossos valores”. No seu longo discurso, o Donald nunca se referiu à Europa e reafirmou as suas posições mais polémicas e procurou atrair a simpatia dos americanos com histórias e historietas a explorar o seu orgulho nacional. Provavelmente, o Donald subiu um pouco a sua popularidade interna.

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