Depois de vários
dias de festa, sobretudo na Europa do sul e na América Latina, o carnaval de
2018 terminou. Pelo que se viu nas televisões houve muita alegria e diversão, muita
imaginação, muita crítica social, muita despesa e muita vontade de esquecer as
dificuldades do quotidiano. Terminou a
grande ilusão do carnaval e a festa foi um
momento de sonho que findou, pra tudo se acabar na quarta-feira, como escreveram e cantaram Vinicius de Moraes e
Martinho da Vila.
O carnaval é uma festa com origens muito antigas no
cristianismo e acontece antes da Quaresma, exprimindo-se através da fantasia ou
do disfarce em que as pessoas mudam a sua aparência, a sua identidade e
participam em grandes e animados desfiles públicos. Nos últimos tempos, o
carnaval perdeu uma parte da sua espontaneidade popular e entrou na era da indústria
turística porque é preciso cada vez mais imaginação para atrair os turistas no Rio ou em Tenerife, em Loulé ou em Torres Vedras.
Naturalmente, o maior carnaval do mundo acontece no
Rio de Janeiro e, neste ano, brilhou o Grémio Recreativo Escola de Samba
Beija-Flor ou Beija-Flor de Nilópolis, a escola de samba do município de Nilópolis,
no Rio de Janeiro, que pela 14ª vez se sagrou como a grande campeã do carnaval
de 2018.
Porém nisto de carnaval, nada me parece tão oportuno como
o texto d’A Felicidade, o celebrado
poema de Vinicius de Moraes:
A
felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira
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