Os Estados Unidos são, sob os mais diferentes pontos de vista, a maior
potência do planeta. Esse facto é impressionante, sobretudo quando pensamos que
a sua independência aconteceu há pouco mais de duzentos anos e que em finais do
século XIX ainda as caravanas corriam para ocupar a costa oriental do
continente, o chamado Far West. Pois esse país tem um presidente eleito e o
actual é Donald Trump.
Nos últimos dias, algumas revistas internacionais de referência como The Economist, a Time e o Der Spiegel trouxeram
Donald Trump para as suas primeiras páginas. A primeira foi a revista Time que, ainda antes dos
bombardeamentos da Síria, mostrava uma imagem do Donald envolvido num temporal
de vento, chuva e mar revolto e uma simples legenda: stormy. Depois, os alemães da revista Der Spiegel utilizaram a imagem de
um Donald a incendiar o mundo, perante a apreensão de Angela Merkel e de um Emmanuel
Macron empunhando um extintor, com a pergunta: quem vai salvar o ocidente?
Finalmente, a revista The Economist apresenta uma imagem
na sua capa que sugere como tem evoluido o símbolo do Partido Republicano, que
passou do tradicional elefante até ao rosto do próprio presidente e pergunta o
que é que aconteceu ao partido.
Segundo a revista, o Partido Republicano está cada vez mais organizado em
torno de um homem e da lealdade a esse homem, salientando que isso é perigoso.
Naturalmente, os melhores presidentes da América também exigiam lealdade, mas faziam-no
em nome de um princípio ou de uma visão, mas o Donald exige lealdade a ele
mesmo e à enorme volatilidade das suas ideias. A revista acrescenta que todos os
presidentes mentiram, intimidaram e atropelaram as normas presidenciais, mas
nenhum foi tão longe como o Donald.
Porém, o problema não é só dos americanos que têm que conviver com um
figurão destes que, no mesmo dia, tanto ameaça como abraça, homens como Kim
Jong-un ou Vladimir Putin. O problema é que, como vimos recentemente, o Donald
arrasta consigo alguns líderes europeus.
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