Depois da aparente
letargia que se seguiu aos acontecimentos de Outubro de 2017, o independentismo
catalão está a reaparecer com grande dinamismo e com novas polémicas, sobretudo
depois do início do julgamento dos 12 políticos catalães envolvidos no chamado procés.
A primeira dessas
polémicas é a intenção do partido independentista Junts per
Catalunya (JxCat) de apresentar como seu cabeça de lista às eleições
europeias de 26 de Maio, o antigo presidente da Generalitat Carles Puigdemont
que está exilado na Bélgica desde Outubro de 2017. Outra polémica resulta da
exigência da Junta Eleitoral Central para que sejam retirados dos edifícios públicos regionais as bandeiras
independentistas e os laços amarelos, símbolo de apoio aos políticos
separatistas presos pelo seu envolvimento no referendo de autodeterminação, o
que
o governo da Catalunha se tem recusado a fazer.
Estes casos
revelaram-se mobilizadores e ontem, em Madrid, realizou-se uma grande
manifestação convocada por cerca de seis dezenas de associações de toda a
Espanha, em que participaram dezenas de milhares de pessoas e que foi
encabeçada por Quim Torra e por outros membros do governo catalão, a reclamar
contra o julgamento dos independentistas que estão presos e a exigir a sua
libertação, sob o lema “A autodeterminação não é delito. Democracia é decidir”.
Vieram da Catalunha cerca de 500 autocarros e 15 comboios de alta velocidade e,
segundo o cálculo efectuado pelo jornal La Vanguardia, estiveram em Madrid
55.800 manifestantes.
Entretanto, os partidos políticos espanhóis estão em
pré-campanha para as eleições legislativas que se vão realizar no dia 28 de
Abril, menos de um mês antes das eleições europeias, regionais e municipais de
26 de Maio, o que significa que a questão catalã vai estar em destaque.
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