José de
Albuquerque deixou-nos ontem de forma inesperada na sua terra de Goa e eu perdi um
amigo de excepcional inteligência e de extrema cordialidade.
Tinha 85 anos de idade e, há pouco mais de
um mês publicara um livro em português, o que foi um testemunho do seu talento
literário e a prova do seu conhecimento da língua e da cultura portuguesas, de
cujo uso nunca abdicou. Conhecemo-nos há
mais de vinte anos em Goa, quando no exercício de funções de gestão necessitei
do conselho técnico de alguém com competência e experiência nos domínios da
engenharia e toda a gente me indicou o nome de José de Albuquerque, que era um
engenheiro formado pela Universidade de Puna e que tinha servido no PWD (Public Works Department), onde atingiu o cargo de Engenheiro-Chefe do
Estado de Goa e Secretário-Adjunto do Governo de Goa.
Tinha sido um
aluno brilhante no antigo Liceu Afonso de Albuquerque em Pangim e admirava
Portugal e os portugueses. Por uma única vez na vida visitou Portugal e, nessa
altura, eu tive o privilégio de lhe mostrar algumas coisas do país que ele
tanto amava em todas as suas dimensões.
Goa perdeu um
grande homem e, dos muitos amigos que por lá tenho, perdi um dos melhores.
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