Está a decorrer a
volta ciclista à Espanha, a famosa La Vuelta,
cujo traçado inclui muitas etapas montanhosas nos seus 3290 quilómetros
de extensão. Ontem, a partir de Bilbao, realizou-se a 13ª etapa na distância de
166 quilómetros ,
que incluia sete contagens para o Prémio da Montanha (!), a última das quais no
Alto de Los Machucos, na região da Cantabria, que coincidia com o final da
etapa. Esta subida tem sido considerada desumana porque tem um gradiente médio
de 9,2% mas que em alguns troços chega aos 25%, mas também porque aparece aos
ciclistas depois de mais de 150 quilómetros de corrida entre vales e
montanhas e quando as suas forças já estão muito enfraquecidas.
Os ciclistas
espanhóis, mas também os colombianos e os franceses, estão na primeira linha
dos grandes ciclistas que andam a disputar a Vuelta, mas ontem os louros foram para dois eslovenos, o que de
certa forma é uma anormalidade, uma vez que a pequena Eslovénia não tem
tradição ciclista.
Tajed Pogacar e Primoz Roglic destacaram-se na difícil subida e
mostraram um grande espírito de entre-ajuda apesar de serem de equipas
diferentes, tendo chegado isolados à meta instalada no Alto de Los Machucos. Na
Eslovénia os dois atletas devem ter sido bem festejados e, em termos desportivos, o caso não é
para menos. Foi o jovem Pogačar, de 20 anos de idade, que cortou a meta em
primeiro lugar, certamente uma condescendência do seu compatriota como sinal de
gratidão pela ajuda que lhe dera, enquanto Roglič, de 29 anos de idade, não só
manteve a camisola vermelha de líder, como aumentou a sua vantagem sobre os
seus mais directos adversários. Hoje, o jornal Alerta de Santander
dedicou a sua primeira página ao “dia da Eslovénia na Cantabria” e, também hoje, os ciclistas
pedalam pelas Astúrias em direcção a Oviedo. Só no dia 15 termina a Vuelta com a chegada a Madrid.
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