Realizou-se ontem na Basílica de São Pedro, em Roma, um Consistório presidido pelo Papa Francisco,
que investiu 13 novos cardeais da Igreja Católica, entre os quais D. José
Tolentino Mendonça, que tem 53 anos de idade e é natural da vila do Machico, na
ilha da Madeira.
Antigo professor
e vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa, o novo cardeal exerce
actualmente as funções de arquivista e bibliotecário do Vaticano, tendo-se
tornado no 46º cardeal português e o segundo madeirense a atingir o
cardinalato. É um acontecimento importante para a Igreja Católica portuguesa
mas, por razões culturais, também é relevante para a sociedade portuguesa,
inclusive aquela que não professa a religião católica.
Toda a imprensa
portuguesa destacou esta escolha do Papa e enalteceu as qualidades intelectuais
do novo cardeal, como pensador, como escritor, como ensaísta e como poeta. Autor
de uma vasta obra literária e com uma presença regular na imprensa, é uma
figura de grande destaque na cultura portuguesa. Ao ser questionado pelos
jornalistas quanto às dificuldades que iria enfrentar no quadro da Cúria
Romana, o corpo administrativo que auxilia o Papa no seu governo da Igreja, disse o novo cardeal que “a vida é
difícil para todos, também será para um cardeal, mas também é bela, também é
entusiasmante e é nisso que eu penso”, acrescentando que “a vida de um cardeal
é pesada, mas a vida de um pai de família também é, a vida de um operário, a
vida de um desempregado, a vida de um homem sobre a terra, a vida de um
refugiado, a vida de alguém que constrói a sociedade”.
Naturalmente, o Diário de Notícias do Funchal, bem como toda a imprensa da Madeira, deram um grande destaque a este acontecimento que enche de orgulho os madeirenses, mas que também é muito gratificante para a generalidade dos portugueses que gostam de ver reconhecidos os seus concidadãos.
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