segunda-feira, 7 de outubro de 2019

As eleições legislativas em Portugal

A clara vitória socialista nas eleições legislativas que ontem se realizaram em Portugal foi o tema dominante das primeiras páginas da imprensa portuguesa que, de uma forma geral, foram ilustradas com a fotografia de António Costa que foi o vencedor com 36,6% dos votos expressos. Porém, a generalidade da imprensa estrangeira não deu qualquer relevo às eleições portuguesas, talvez porque os seus resultados fossem esperados, embora alguns jornais da Catalunha, bem como a La Voz de Galicia, tivessem destacado a vitória socialista de António Costa.
As televisões nacionais acompanharam todo o processo e, na noite eleitoral, sucederam-se um sem número de comentários feitos por um sem número de comentadores que, de uma forma geral, se limitaram a dizer o óbvio e a fazer uma futurologia política pouco fundamentada.
Por um dia, o futebol cedeu o seu lugar à política e, contra o que é habitual, houve quem assumisse ter sido derrotado, num caso devido certamente ao discurso insultuoso que foi utilizado durante muito tempo e, num outro, porque um antigo primeiro-ministro não percebeu que o seu tempo já passou.
A solução governativa vai exigir negociações, até porque na Assembleia da República vão estar representados dez partidos políticos, mas essa diversidade ideológica pode ser um factor de enriquecimento da nossa Democracia.
Dizem os especialistas que, em consonância com a teoria dos ciclos económicos e com a difícil conjuntura internacional, se aproxima um tempo de crise na Europa e no mundo. Há que confiar que o futuro governo vai saber manter a estabilidade política e social, apoiar o crescimento da economia e do emprego, melhorar os sistemas de saúde, educação e protecção social e, de uma forma mais geral, contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses, para a defesa do ambiente e da paisagem e para a atenuação dos desequilíbrios regionais.

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