Meio mundo está
em quarentena e, nesse quadro, as comunicações electrónicas adquiriram uma
importância que, embora seja inesperada, tem surpreendido. Muitas actividades quotidianas
deixaram de exigir a presença física das pessoas e a quantidade de funções que
passaram a depender da internet e da world wide web são incontáveis. Na na
situação de emergência por que passamos, generalizou-se a adopção de
computadores e dos seus derivados. Mesmo os mais irredutíveis cidadãos começam
a render-se ao novo mundo porque, através do computador, escrevemos e guardamos
textos, podemos ter música e cinema, mas também o teletrabalho, a
teleconferência, a telescola, o home
banking e inúmeras App, o que
significa um novo mundo de eficiência, mas também de maior desumanização. Os
novos reis da comunicação são o WhatsApp,
o Skype, o Facebook, o Instagram, o Twitter, o Google+ e o Youtube. Num
pequeno equipamento de 14 por 7 centímetros, ou mesmo mais pequeno, que pode
custar menos de cem euros, podemos ligar-nos ao mundo e telefonar, escrever,
ver filmes, mandar mensagens, fotografar, filmar, pagar despesas, ter consultas
médicas, comprar livros, encomendar provisões ou refeições e muitas mais coisas
que muitas vezes até desconhecemos.
Com os dias de
quarentena e de confinamento, as nossas casas estão a tornar-se verdadeiros home
offices, de onde cada um de nós telefona, recebe e envia mensagens, conferencia,
consulta o banco, paga facturas, marca consultas médicas, recebe as compras dos
supermercados, visita bibliotecas e museus, compra livros e discos e faz muitas
mais coisas. As habituais idas ao multibanco e ao supermercado tendem a ser
desnecessárias. Esta quarentena está mesmo a acelerar a chegada de um novo
mundo da tecnologia. Estamos realmente a entrar na era do home office como hoje referia uma revista brasileira.
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