Na sua edição de
hoje, o jornal La Voz de Galicia escolheu para manchete os retrocessos que se
estão a verificar na situação epidemiológica, na região de Huesca da comunidade
autónoma de Aragão e… na região de Lisboa, o que fez com que algumas medidas de
desconfinamento que já tinham sido adoptadas, tivessem sido revertidas. Esta
situação parece corresponder a casos pontuais de contágios muito localizados,
mas também pode significar que os sinais de uma segunda vaga da epidemia estão
a chegar, pelo que as autoridades sanitárias pedem que a população tenha todos
os cuidados. No caso da área metropolitana de Lisboa foi decidido intensificar
o controlo e a vigilância policial, proibir as festas ilegais, as reuniões com
mais de dez pessoas e passar a aplicar multas. ”Não podemos permitir que, por
irresponsabilidade de alguns, deitemos pela borda fora o trabalho e o
sacrifício que os portugueses fizeram nos últimos três meses”, disse o
primeiro-ministro.
O facto é que a
situação está para durar e nada, ou muito poucas coisas, vão ser como dantes. O
covid-19 já deixou marcas profundas
na sociedade portuguesa, não só com os 1.534 óbitos e quase quarenta mil
infectados que provocou, mas também com a grave recessão económica, o crescente
desemprego, o aumento da pobreza e a corrida à ajuda alimentar.
Alguns indivíduos
que gostam de aparecer na televisão e que se julgam comentadores, parece que
ainda não perceberam as dificuldades e as incertezas dos tempos que correm e
desatam a criticar tudo o que é feito, em vez de terem um discurso pedagógico
dirigido à população e de apoio a quem está na primeira linha deste duro combate.
Irresponsavelmente! Porém, o que impressiona é o tempo e o espaço que as televisões dão a estes "treinadores de bancada". Já não posso ouvir esses marques-mendes que por aí andam.
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