sábado, 5 de junho de 2021

A defesa da língua e da cultura portuguesa

Parece que há portugueses espalhados por todo o mundo e que são respeitados e influentes nos países de acolhimento. De uma forma geral, eles mantém laços fortes com o solo pátrio ou com a terra natal, conservando muitas das suas tradições culturais através das festividades e das práticas religiosas, do convívio gastronómico, da paixão pelo futebol e do culto da saudade. Nas suas casas haverá uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, come-se bacalhau e presunto, ouve-se o fado e vivem-se intensamente as transmissões dos jogos da selecção portuguesa de futebol.
Porém, estamos cada vez mais na aldeia global. É um tempo em que há uma segunda geração de portugueses na diáspora que se insere mais intensamente nas comunidades de acolhimento e que adopta os seus comportamentos culturais. É também um tempo que a informação escrita tende a ser substituída pela informação televisiva e digital, havendo um enorme risco dessa geração perder as suas referências culturais lusitanas, sobrando-lhes pouco mais que um apelido de origem portuguesa como Silva, Santos ou Costa. Apesar disso, ou por isso, continuam a ser publicados jornais em português em países tão diversos como o Canadá e a Alemanha, a Austrália e a França, a África do Sul ou a Suiça. Um desses jornais é o Sol Português que se publica todas as sextas-feiras em Toronto e que reivindica ser o maior jornal de língua portuguesa no Canadá. A sua edição de ontem apresenta-se com uma sugestiva capa, ilustrada com uma interessante composição gráfica, em que saúda o Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas e transcreve um extracto do poema A Alma Lusa - Saudade, Pinhal e Mar de José Ribeiro de Sousa.
Aqui se saúda o Sol Português pela sua iniciativa, pela sua actividade e pelo seu labor em prol da preservação da cultura portuguesa no Canadá.

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