Parece que há
portugueses espalhados por todo o mundo e que são respeitados e influentes nos
países de acolhimento. De uma forma geral, eles mantém laços fortes com o solo
pátrio ou com a terra natal, conservando muitas das suas tradições culturais através
das festividades e das práticas religiosas, do convívio gastronómico, da paixão
pelo futebol e do culto da saudade. Nas suas casas haverá uma imagem de Nossa
Senhora de Fátima, come-se bacalhau e presunto, ouve-se o fado e vivem-se
intensamente as transmissões dos jogos da selecção portuguesa de futebol.
Porém, estamos
cada vez mais na aldeia global. É um tempo em que há uma segunda geração de portugueses na diáspora que se
insere mais intensamente nas comunidades de acolhimento e que adopta os seus
comportamentos culturais. É também um tempo que a informação escrita tende a ser substituída pela
informação televisiva e digital, havendo um enorme risco dessa geração perder
as suas referências culturais lusitanas, sobrando-lhes pouco mais que um
apelido de origem portuguesa como Silva, Santos ou Costa. Apesar disso, ou por
isso, continuam a ser publicados jornais em português em países tão diversos
como o Canadá e a Alemanha, a Austrália e a França, a África do Sul ou a Suiça.
Um desses jornais é o Sol Português que se publica todas
as sextas-feiras em Toronto e que reivindica ser o maior jornal de língua
portuguesa no Canadá. A sua edição de ontem apresenta-se com uma sugestiva capa,
ilustrada com uma interessante composição gráfica, em que saúda o Dia de Camões
e das Comunidades Portuguesas e transcreve um extracto do poema A Alma Lusa - Saudade, Pinhal e Mar de José Ribeiro de Sousa.
Aqui se saúda o Sol
Português pela sua iniciativa, pela sua actividade e pelo seu labor em prol da preservação
da cultura portuguesa no Canadá.
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