quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Alta velocidade ferroviária chega à Galiza

A Espanha possui uma importante rede de comboios de alta velocidade de cobertura nacional, pois permite ligar Madrid a algumas das principais cidades espanholas como Barcelona, Sevilha, Valencia, Alicante, León, Granada e outras mais. Na passada segunda-feira, essa rede foi acrescentada com a ligação do comboio de alta velocidade entre Madrid e a Galiza, ou antes, entre as cidades de Madrid e Ourense, que depois tem ligações a Vigo, Santiago e Corunha.
A rede de alta velocidade espanhola é gerida pela Renfe (Red Nacional de los Ferrocarriles Españoles), uma entidade pública empresarial que explora a rede ferroviária, incluindo o AVE (Alta Velocidad Española), que é um dos mais rápidos comboios europeus e que pode atingir a velocidade máxima de 330 quilómetros por hora.
A viagem inaugural entre Madrid e Ourense teve a presença do rei Filipe VI e do primeiro-ministro Pedro Sánchez, além de muitas outras entidades oficiais, tendo o AVE saído às 10.00 horas da estação de Chamartin em Madrid, feito duas paragens e chegado a Ourense às 12.19 horas. Antes, esses 500 quilómetros demoravam 4 horas e 52 minutos, mas esse tempo foi agora reduzido para um pouco menos de metade.
A imprensa galega, nomeadamente o jornal La Voz de Galicia, classificou a chegada do AVE como um dia histórico e, de facto, é um sinal de grande progresso.
Para os portugueses do norte do país que precisem de se deslocar a Madrid e não gostem do avião, o AVE Madrid-Ourense vai obrigar a fazer algumas contas, porque a viagem de 620 quilómetros de automóvel entre o Porto e Madrid tem agora alternativas mais rápidas e mais económicas, até porque Ourense está a 90 quilómetros de Chaves e a 220 do Porto.
Quanto ao nosso TGV, o comboio lusitano de alta velocidade, bem se pode questionar se é um investimento mesmo necessário.

1 comentário:

  1. Antes de pensar nos TGVs, era mais urgente tratar-se da grande lentidão, do estado da via e das composições (algumas verdadeiros ferro velhos alugados à RENFE por altos valores), de algumas linhas que por aí se arrastam, como por exemplo a do Algarve, entre VRSA e Lagos.

    ResponderEliminar