Daqui a poucas
horas entramos no novo ano de 2022 e, um pouco por todo o mundo, sucedem-se
festejos ruidosos e iluminações deslumbrantes mas, sobretudo, divulgam-se
mensagens de esperança num ano mais próspero, com mais paz e, nas circunstâncias
actuais, com mais saúde. As pessoas trocam mensagens de amizade e os meios de
comunicação social dedicam largos espaços ao balanço sobre o que aconteceu no
ano que agora termina e traçam perspectivas sobre o que se espera para o ano
que vai chegar. Por vezes, os jornais transmitem mensagens aos seus leitores,
como hoje sucede com o The Standard-Times da cidade de New
Bedford, no estado americano de Massachusetts, que se dirige aos seus leitores
com uma sugestiva mensagem: Happy New
Year.
Os jornais portugueses são menos exuberantes e não transmitem
mensagens directas aos seus leitores, mas fazem balanços e prognósticos. Porém,
o seu balanço tem sido feito na espuma dos dias, pois esquecem quem realmente se destacou, isto é, os cientistas e
as autoridades de saúde que souberam manter a epidemia sob controlo e
transmitir mensagens de confiança à população, bem como a classe dos
enfermeiros que operacionalizou o processo de vacinação. Da mesma forma ignoram
aqueles que mantiveram o país a funcionar, nomeadamente os professores e os
médicos, os bombeiros e os agricultores, os polícias e os farmacêuticos, bem
como aqueles que mantiveram em funcionamento as escolas, os transportes, os
supermercados, as farmácias, os hospitais, as livrarias, as fábricas, os
serviços da protecção civil e a maioria das actividades económicas e sociais.
Na hora do
balanço, tanto os jornais respeitáveis como a imprensa cor-de-rosa portuguesa, tendem a
tomar a nuvem por Juno ou confundem a árvore com a floresta.
Aqui não elegemos factos
nem desfactos, nem figuras nem desfiguras. Apenas desejamos um Bom Ano de 2022
a quem nos lê.
Será que os inúmeros votos trocados, com mensagens de esperança, desejos de paz, promessas de amizade e de solidariedade chegam aos "senhores" do mundo? Era bom que lá chegassem e os fizessem agir em conformidade, mas infelizmente parece que não, tendo em conta a experiência do passado.
ResponderEliminarAqui, neste cantinho, muito agradeço com um grande abraço o desejo expresso no último parágrafo e retribuo-o com toda a amizade e consideração ao "senhor", não do mundo mas desta interessantíssima "Rua".