sexta-feira, 29 de julho de 2022

O regresso de Napoleão à cidade de Rouen

Num tempo de férias e de poucas notícias para além dos calores e dos incêndios florestais, em que pouco sabemos sobre o conflito na Ucrânia, as eleições brasileiras ou a sucessão de Boris Johnson, desperta alguma curiosidade a notícia de que Napoleão regressa do exílio, que hoje foi veiculada na edição de Rouen do quotidiano Paris-Normandie.
Afinal trata-se simplesmente do retorno da estátua de Napoleão à praça do Hôtel de Ville de Rouen, ou se quisermos, à praça do Município ou da Prefeitura da cidade. A estátua equestre faz parte do património histórico da cidade e está colocada naquele local desde 1865, tendo sido fundida com o bronze dos canhões usados na batalha de Austerlitz que foi travada em 1805 e na qual o exército de Napoleão derrotou os exércitos austro-russos nos campos da Morávia.
Passados tantos anos, a autarquia decidiu proceder ao restauro da estátua que pesa sete toneladas, entregando o trabalho à Fonderie de Coubertin de Saint-Rémy-les-Chevreuse por 300 mil euros. Esse trabalho durou dois anos e ficou agora concluído. Ontem, numa operação inversa da desmontagem, a estátua chegou de madrugada e em duas partes: uma viatura pesada transportou o cavalo e o cavaleiro, enquanto a cabeça foi acondicionada e transportada numa viatura ligeira. Uma multidão de espectadores assistiu à chegada da estátua do imperador e, segundo refere o jornal, houve bandeiras, aplausos e palavras de ordem como “Viva o Imperador”, a saudar o regresso da estátua de Napoleão ao seu lugar.

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