Num tempo de
férias e de poucas notícias para além dos calores e dos incêndios florestais,
em que pouco sabemos sobre o conflito na Ucrânia, as eleições brasileiras ou a
sucessão de Boris Johnson, desperta alguma curiosidade a notícia de que
Napoleão regressa do exílio, que hoje foi veiculada na edição de Rouen do
quotidiano Paris-Normandie.
Afinal trata-se
simplesmente do retorno da estátua de Napoleão à praça do Hôtel de Ville de
Rouen, ou se quisermos, à praça do Município ou da Prefeitura da cidade. A estátua
equestre faz parte do património histórico da cidade e está colocada naquele local desde 1865, tendo
sido fundida com o bronze dos canhões usados na batalha de Austerlitz que foi travada em 1805 e na qual o exército de Napoleão derrotou os exércitos austro-russos nos campos
da Morávia.
Passados tantos
anos, a autarquia decidiu proceder ao restauro da estátua que pesa sete toneladas, entregando o
trabalho à Fonderie de Coubertin de Saint-Rémy-les-Chevreuse por 300 mil euros.
Esse trabalho durou dois anos e ficou agora concluído. Ontem, numa operação
inversa da desmontagem, a estátua chegou de madrugada e em duas partes: uma
viatura pesada transportou o cavalo e o cavaleiro, enquanto a cabeça foi acondicionada e
transportada numa viatura ligeira. Uma multidão de espectadores assistiu à
chegada da estátua do imperador e, segundo refere o jornal, houve bandeiras,
aplausos e palavras de ordem como “Viva o Imperador”, a saudar o regresso da
estátua de Napoleão ao seu lugar.
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