Os jornais
britânicos têm concentrado o seu noticiário na crise política que está a
atravessar o Reino Unido e que se tem acentuado desde que, no dia 6 de
Setembro, as funções de primeira-ministra foram assumidas por Liz Truss.
Vários desses
jornais, como o diário The Guardian, utilizam a palavra chaos e alguns comentadores dizem que o
cenário é explosivo com a inflação a subir, o agravamento dos custos da energia,
a decadência do National Health Service e a multiplicação de greves nos
transportes, nos correios, na justiça e na saúde. Por outro lado, Liz Truss é
considerada uma “vira casacas” política e ideológica, pois já defendeu a abolição
da monarquia britânica e foi uma activíssima defensora da continuidade do Reino
Unido na União Europeia, mas por ambição política sempre deu o dito por não
dito. Porém, veio a chegar ao poder ao assumir-se como herdeira política de
Margareth Thatcher, a “dama de ferro” de quem os conservadores britânicos têm
saudades.
Uma das primeiras
medidas de Liz Truss foi avançar com um plano económico e um mini-orçamento
absolutamente desastrados, por quererem agradar a gregos e a troianos e por implicarem
um défice gigantesco. As reacções foram fortes e o chanceler Kwasi Kwarteng,
seu amigo e apoiante, foi demitido. Os parlamentares conservadores entraram em
estado de choque e já pensam na substituição de Truss por algum dos candidatos
que ela derrotou na corrida à liderança, ou mesmo pelo próprio Boris Johnson.
Entretanto, um
deputado conservador afirmou que era insustentável que um partido histórico e o
governo da sexta maior economia do mundo “tenham uma bagunça de
primeiro-ministro”. Nem David Cameron, que falhou no Brexit, nem Theresa May,
nem Boris Johnson, estiveram à altura das suas funções. Liz Truss vai pelo
mesmo caminho.
Segue-se Richi Sunak daqui a uma semana?
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