O primeiro-ministro português
deslocou-se a Angola em visita oficial e, na sua edição de hoje, o Jornal
de Angola publica uma extensa entrevista com António Costa, que revela
a importância que as autoridades angolanas atribuem à sua visita e à intensificação das relações entre os dois países.
Quase cinquenta anos depois da
independência angolana e ultrapassadas muitas das naturais dificuldades de
percurso que se seguiram e a que por vezes se chamaram irritantes, os dois países parecem agora apostados numa cooperação
mais intensa em diversas áreas, respondendo às aspirações dos portugueses e dos
angolanos, mas também às relações históricas, aos interesses económicos e às afinidades
culturais bem conhecidas em Lisboa e em Luanda.
O presidente angolano João Lourenço e
o primeiro-ministro português António Costa têm mantido contactos desde há
vários anos e tiveram o seu primeiro encontro em 2018, no sentido de
desbloquear alguns impasses políticos que se arrastavam há alguns anos. Mais
recentemente, o presidente angolano visitou Portugal por ocasião da Conferência
dos Oceanos das Nações Unidas e, em Abril deste ano, os dois líderes
encontraram-se em Adis Abeba durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo
da União Africana. Tem sido muito referido que “as relações entre os dois
países se encontram num momento muito positivo” e esse é um facto muito
importante para ambos os países. Hoje foram assinados treze protocolos de
cooperação destinados ao reforço das relações bilaterais entre Portugal e Angola, a
nível político, económico e cultural.
Esta visita oficial de António Costa parece abrir um
novo capítulo na cooperação entre dois países que a história uniu desde o século
XV e que no século XXI têm uma ligação emocional incomum nas modernas relações internacionais.
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