Alguns líderes
europeus andam muito desorientados e parece que não dão prioridade aos grandes
problemas com que os seus povos se defrontam, como acontece com as alterações
climáticas, a transição energética, a crise migratória, o envelhecimento da
população, a desigualdade económica e social, o populismo político e, nas
últimas semanas, a contestação dos agricultores.
Ouvimos o que dizem Emmanuel Macron
e Ursula Von der Leyen, entre outros dirigentes europeus, parecendo que o único
problema da Europa é o conflito da Ucrânia, que é cada vez mais um barril de
pólvora e sobre o qual não falam em paz, mostrando um belicismo inaceitável e
uma firme condenação da Rússia. Porém, esses mesmos dirigentes, ainda não
assumiram uma firme condenação de Israel, isto é, condenam a Rússia e apoiam a
Ucrânia, mas não condenam Israel nem apoiam a Palestina. São dois pesos e duas medidas.
Macron e Von der
Leyen estão a prestar um mau serviço à União Europeia e aos europeus. No caso de Israel devem pesar-lhe na consciência os
mais de 30.000 palestinianos mortos em Gaza, dos quais dois terços são mulheres
e crianças, como hoje revelou o jornal Libération.
Macron e Von der
Leyen estão a revelar-se irresponsáveis promotores de uma catástrofe que muitos
anunciam, havendo mesmo quem os acuse de estarem a criar as condições que podem
provocar uma terceira guerra mundial, ao assumirem-se como defensores da
guerra e como importantes fornecedores do armamento que alimenta as guerras na Ucrânia e em Gaza.
Ucrânia e Rússia,
Gaza e Israel. Duas guerras. Duas necessidades urgentes de paz.
Sem comentários:
Enviar um comentário