Como noutras oportunidades tenho aqui anotado, o exercício da gestão assenta essencialmente na competência profissional de quem tem essa responsabilidade, mas também na forma como são aproveitados os recursos disponíveis, definidas as estratégias, traçadas as políticas e mobilizada a organização, para que os objectivos previamente estabelecidos possam ser atingidos. Além disto, no mundo em rápida mudança em que vivemos, todos os tipos de organizações precisam de conhecer o ambiente que as rodeia e a sua previsível evolução, traçar cenários e prever evoluções, antecipar o futuro, modernizar, inovar. Isto não é novidade e está escrito em todos os livros de Microeconomia e de Gestão.
Vem este comentário a propósito da notícia do Correio da Manhã de hoje.
A CP – Caminhos de Ferro Portugueses, que presta serviços de transporte ferroviário nacional e internacional, deve ser uma empresa difícil, com muita gente, elevado passivo, grande debilidade financeira, muita rigidez organizativa e muita pressão sindical.
O seu último prejuízo anunciado foi de 195 milhões de euros e a dívida da empresa é da ordem dos 3,3 mil milhões de euros. Não deve ser nada fácil inverter o andamento destes números. Por isso, os carros de luxo atribuídos aos gestores da CP, conforme noticia o Correio da Manhã, são manifestações de vaidade e de ausência de bom senso, que não têm justificação, nem são aceitáveis. Não são bons exemplos numa empresa em crise. E não há gestão que resista aos maus exemplos vindos de cima.
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