Apesar de ser um assunto transversal a todos os governos, a gestão da RTP, os seus vícios, as suas mordomias e os seus números não deixam de nos surpreender.
Sabemos, inclusive através do actual primeiro-ministro, que o Estado gasta 400 milhões de euros com a RTP em indemnizações compensatórias e sabemos, também, que a dívida bancária total da empresa em finais de 2010 era de 717 milhões de euros.
Agora ficamos a saber através do jornal i que, até Julho de 2012, o Estado vai assumir 520 milhões de euros das dívidas da RTP, porque a empresa se viu obrigada contratualmente a antecipar o reembolso que lhe foi exigido por um banco alemão. Deste montante, há 150 milhões de euros já avançados, que correspondem ao custo de aquisição do arquivo da estação!, mas o Estado ainda terá de garantir mais 370 milhões de euros à empresa para pagar dívidas que se vencem até meados de 2012.
Costuma dizer-se que para grandes males, grandes remédios.
Era essa a expectativa que havia há poucos meses quando o sargento Catroga falava a denunciar o despesismo da RTP e a afirmar que havia soluções para tudo através do corte de gorduras. Afinal, não era assim e, recentemente, até foi criada uma comissão de peritos para estudar o assunto.
Entretanto, nós vamos pagando para aquele pequeno BPN, que nos desgraça, como diria a minha avó. Da sobretaxa extraordinária em sede de IRS, a cobrar no próximo subsídio de Natal, cuja receita esperada é de cerca de 840 milhões de euros, já sabemos que mais de metade vai para a RTP.
A festa continua na RTP.
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