Segundo noticia hoje o jornal i, os subsídios de alojamento pagos aos membros do Governo e aos chefes de gabinete que tenham residência a mais de 100 quilómetros de Lisboa, custam cerca de 15.800 euros por mês ao Estado e ao bolso dos contribuintes, correspondendo a um custo de quase 200 mil euros por ano. Ainda de acordo com a referida notícia, esse subsídio é actualmente recebido por um ministro, nove secretários de Estado e seis chefes de gabinete, recebendo os membros do governo cerca de 1.130 euros mensais, enquanto os chefes de gabinete recebem aproximadamente 750 euros mensais. Essas pessoas auferem as mais elevadas remunerações da administração pública e, certamente, não têm necessidade deste subsídio, a juntar a muitas outras benesses de que já usufruem. Porém, são como a sanguessuga e não têm dignidade ética para recusar mais essa mordomia, que é paga pelos contribuintes. Comem tudo. Alguns até terão residência permanente fora de Lisboa, mas têm casa própria na capital, onde vivem há muitos anos. De resto, é habitual que essa gente indique duas residências para “usar” conforme as circunstâncias e as conveniências. Ora, em tempo de crise e quando são retirados os subsídios de férias e de Natal aos pensionistas e a outros trabalhadores, a suspensão do subsídio de alojamento de todos os titulares de cargos políticos seria uma forma da classe política dar o exemplo, antes de exigir tão pesados sacrifícios aos restantes portugueses. Seria apenas uma atitude simbólica, mas nós precisamos de atitudes simbólicas. Porém, para esta gente, a prestação de serviço público e o exemplo são coisas que não conhecem. São demasiado pequenos e vulgares.
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