O assessor Borges é completamente desprovido de tacto social e é um especialista em frases muito infelizes, absolutamente indesculpáveis a quem se julga uma figura de Estado. Ninguém votou nele. Não tem que ouvir apupos, nem enfrentar manifestantes. Não tem que gerir orçamentos apertados, nem tem que arranjar lugares para os amigos. Não se percebe exactamente qual o seu papel no meio de tudo isto. Exerce funções públicas, mas acumula com funções e interesses privados, o que significa que gosta da promiscuidade. Assume uns ares de arrogância e de superioridade académica intoleráveis, que nos agridem. Parece tratar-se do "ministro sombra" das privatizações, mas há a suspeita de que só não foi para o governo por não conseguir viver com o salário de ministro. No entanto, tem cobertura do nosso primeiro e até há quem diga que ele é que manda.
Há tempos foi noticiado que o assessor Borges teve em 2011 um salário de 225 mil euros e beneficiou do estatuto de isenção de IRS, enquanto funcionário do FMI, mas defende que é urgente a diminuição de salários… dos outros. Foi ele que apresentou o modelo de privatização da RTP que foi veementemente contestado, mas não apareceu ninguém a desautorizá-lo. Agora veio dizer que os empresários que criticaram a taxa social única são ignorantes e, naturalmente, caiu o carmo e a trindade.
Pessoalmente estou farto do Borges e da sua arrogância. Ele poderá ter brilhado em Stanford, ter andado pelos corredores da Goldman Sachs e até saber algumas coisas de economia, mas aqui é um poço de ignorância social, que desconhece o que é o trabalho, a dificuldade e o esforço. Nós não precisamos de gente desta – estou também a pensar no outro da CGD que ameaçou pirar-se – que são uns sacadores e não percebem a nossa realidade social, nem a nosso tecido empresarial. Emigrem por favor!
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