As medidas de redobrada austeridade e de empobrecimento que estão anunciadas caíram como uma bomba sobre os portugueses e, como refere o jornal i, geraram uma onda de choque e de pavor. Formou-se uma corrente de indignação geral, gerada pela incompetência, brutalidade fiscal e desorientação dos nossos governantes que, como agora verificamos, estão impreparados para nos dirigir, que se ausentam para o estrangeiro quando o navio começa a meter água e que puxam cada qual para o seu lado, sem discurso coerente ou substantivo, sem sensibilidade social e sem cultura democrática. A trapalhada é total e as medidas anunciadas configuram um brutal ataque aos trabalhadores e aos pensionistas. O país começa a ficar destroçado e ninguém consegue compreender o porquê de tantos sacrifícios. A situação está a complicar-se devido às erradas opções governamentais e, todos os dias, há ameaças a pairar no ar e são anunciadas mais medidas que estão a deixar os portugueses em pânico, até porque muitas delas são absolutamente incompreensíveis. Hoje o jornal electrónico Dinheiro Vivo revelou que o contabilista gaspar até nem foi honesto. É um teimoso e auto-convencido. Embora só precisasse de cortar 850 milhões de euros para cumprir as metas acordadas com a troika para 2013, decidiu impor aos portugueses um esforço de redução do défice da ordem dos 4,9 mil milhões de euros, um valor quase seis vezes superior à redução necessária que foi combinada com a troika. Apeteceu-lhe? Obrigaram-no? Tudo isto está a ser feito sem sabermos o que se passa nas negociações. Sem sabermos para onde vamos. Sem termos quem nos comande e nos mobilize. Sem termos quem nos dê bons exemplos. Provavelmente, a solução dos nossos problemas passa por exportar o gaspar e depressa, antes que ele afunde mais o nosso país e nos continue a roubar. A roubar.
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