Tal como aconteceu há 38 anos, na gigantesca manifestação que ontem se realizou em Lisboa e em mais três ou quatro dezenas de cidades portuguesas, a palavra de ordem mais ouvida foi “o povo unido jamais será vencido”.
Cidadãos de todos os estratos sociais e de todas as idades, juntaram-se aos milhares de forma pacífica e ordeira, desfilando sem distintivos partidários ou sindicais, em protesto contra a destruição dos tecidos económico e social que está a ser levada a efeito no nosso país. A indignação saíu à rua e muitos cartazes apenas reclamavam: “basta”.
Cidadãos de todos os estratos sociais e de todas as idades, juntaram-se aos milhares de forma pacífica e ordeira, desfilando sem distintivos partidários ou sindicais, em protesto contra a destruição dos tecidos económico e social que está a ser levada a efeito no nosso país. A indignação saíu à rua e muitos cartazes apenas reclamavam: “basta”.
Com os seus modelos e as suas receitas, a troika e os nossos governantes são cada vez mais o problema e cada vez menos a solução. A decisão e o anúncio de baixar a TSU para as empresas e de aumentar em 7% a parte suportada pelos trabalhadores foi demasiado chocante, revelou um profundo desprezo por quem trabalha e gerou a revolta. Foi a gota de água que fez transbordar o copo. Ninguém se recorda de uma medida governamental alguma vez ter gerado uma oposição tão unânime, da esquerda à direita, dos patrões aos sindicatos. Agora, como muito boa gente diz, ou o governo recua ou cai.
É caso para dizer “atenção aos próximos capítulos”.
É caso para dizer “atenção aos próximos capítulos”.
O nosso problema é grave e exige sacrifícios, mas estes têm que ser bem repartidos e têm que ser explicados, sem arrogância nem teimosia. Portugal tem novecentos anos e tem valores cimentados ao longo de muitos séculos. O governo e a sua deslumbrada rapaziada saída das jotas e da mexeriquice partidária, esqueceu-se disso. Terão a legitimidade do voto popular, mas são uns ignorantes. Agora há que corrigir o mal feito e, uma das coisas a fazer imediatamente, é substituir a maioria do governo. Tirar de lá os incapazes. E os incompetentes. E os arrogantes. E os cegos. E os corruptos. Ainda há muita gente séria por aí.
Muito bem. Apoiado. Mas tirando de lá os incapazes, os incompetentes, os arrogantes, os cegos e os corruptos, ficará lá alguém?
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