É costume dizer-se que Brasil e Portugal são países irmãos, separados pelo Atlântico. É verdade! Ambos nasceram de desobediências familiares graves, porque a independência portuguesa resultou da revolta de D. Afonso Henriques contra a sua Mãe, enquanto a independência brasileira saiu da revolta de D. Pedro de Bragança contra o seu Pai. São apenas curiosidades históricas, porque o que realmente liga Portugal e o Brasil são a língua portuguesa e algumas paixões comuns, como o futebol e a gastronomia de excelência, para além de muitas personagens como o Caramuru, o Padre António Vieira, o Almirante Barroso ou o Chico Buarque, mas também muitas memórias comuns como foi a chegada de Cabral a Porto Seguro, a libertação da Baía ou a criação do Reino Unido de Portugal e Brasil. Porém, agora parece termos outras coisas em comum e a mais recente é o sufoco.
A edição de ontem do Jornal de Brasília destaca o sufoco (meteorológico) na cidade capital do Brasil, com 33 graus de temperatura, apenas 17% de humidade e 88 dias sem chuva. Apesar de se situar em zona tropical, trata-se realmente de um ambiente de sufoco!
Aqui, deste lado do Atlântico, também estamos a passar por um sufoco (político) provocado por um grupo de incompetentes que tomaram conta da loja, que erram e não emendam o erro, que insistem em receitas que não resultam, que são arrogantes e teimosos, que nem sequer ouvem os seus correligionários mais experientes. Está tudo a ficar farto deles. Trata-se realmente de um ambiente de sufoco. Que Deus nos livre dos sufocos! E desta sufocante cidade de Lisboa envio os meus solidários cumprimentos aos meus sufocados amigos de Brasília.
Para nossa infelicidade, nomeadamente da dos crentes, parece que o Deus se tem estado nas tintas para este assunto.
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